(para ler o post anterior, Siracusa I)
terminei o primeiro post sobre Siracusa dizendo que lá se come muitíssimo bem. pois que a primeira das fotos atesta isto mesmo. comida rápida, saborosa e imperdível: esta focaccia de mozzarela, tomate e manjericão soube-me pela vida. expressão corriqueira mas exacta para definir aqueles momentos em que, sentada (os) no lancil, entre carros e o imenso calor da uma da tarde, saboreei esta delícia. foi um manjar dos deuses que me saciou para as horas do passeio nas estações arqueológicas.
|fotos: Carla Martins|
|carregue nas imagens para aceder à legenda|
|carregue nas imagens para aceder à legenda|
foi um percurso doloroso, este, entre a ilha de Ortígia e o Parco Archeollogico della Neapolis (ver fotos e ligações mais abaixo). por opção feito a pé e, como queríamos aproveitar bem o dia, acabámos por fazê-lo ao sol, sem sombras (poucas no percurso urbano e quase nenhumas no parque arqueológico), com muita terra batida e poeirada.
vale bem a pena visitar este parque arqueológico. se para quem já esteve na Acrópole a coisa pode parecer, à partida, menos interessante, acaba por haver uma série de pontos de visita a não perder, que têm a ver com a localização das ruínas e com as formações naturais que compõem este parque.
o Parco Archeollogico della Neapolis é bastante grande e, se o visitarem em pleno Verão, o conselho é escolherem uma hora do dia com menos calor. o Teatro Grego (por exemplo) fica num completo descampado que, embora rodeado por pequenas grutas - não cheguei a perceber / investigar se são naturais ou foram escavadas pelo Homem - que permitem parar e descansar, para ser visto implica andar ao sol. a vista dali sobre Siracusa, Ortígia e o mar circundante é absolutamente fabulosa.
já Orecchio di Diogini, uma das grutas da Latomia del Paradiso, fica noutra zona do parque, mais arborizada e com mais sombras. entrar num espaço daqueles é uma experiência imperdível. tomamos consciência do quão pequenos somos, das possibilidades acústicas dum espaço daquele tamanho e, ao mesmo tempo, o escuro no interior faz-nos pensar que estar preso lá dentro, como sugere a lenda, não deveria ser pêra-doce.
e esta visita não teria a mesma graça se não fosse a peripécia de andarmos, quase de mãos-dadas, com um grupo de russos; em certos momentos, a coisa tornou-se cómica, quase ao estilo Tom&Jerry. a parte menos divertida deste jogo de apanhada foi no encontro com dois lindos gatos bebés, que brincavam, sossegadamente, à sombra dum arbusto. nós mantivemos a distância certa para não os afugentar dali (onde estavam abrigados do sol) mas, quando a mole humana chegou, houve quem não se contivesse "na festinha ao gato" e os pobres bichanos lá fugiram a sete pés!
a última coisa que vimos, antes de regressarmos a Ortígia, foi o Anfiteatro Romano.
(continua na próxima semana)
outros destinos na Sicília:
pela costa sul
Sem comentários:
Enviar um comentário